Cabo Verde vive uma transição epidemiológica, acrescidas das novas situações de risco constituídas pelos traumatismos devido a agressões, acidentes de estrada e de trabalho ou ligado ao consumo abusivo do álcool, do tabaco e das drogas psicotrópicas, aumentando assim a incidência de doenças crónicas não transmissíveis, nomeadamente as (oncológicas, hipertensão arterial e diabetes mellitus), em detrimento as infetocontagiosas, vêm-se verificando um aumento da incidência de pessoas morrendo após algum tempo de sofrimento, causado por doença crónica degenerativa.A necessidade de ser cuidado na última fase da vida aumentou, consideravelmente, não só por razões de prolongamento da duração da vida, mas a favor de uma institucionalização crescente, da oferta de cuidados e tratamentos e do desenvolvimento dos profissionais de saúde.Este estudo surge através das vivências dos enfermeiros ao assistirem o utente em fase terminal, tendo como objetivo identificar as vivências e os sentimentos dos Enfermeiros quanto a prestação de cuidados prestados ao utente nesta fase.O enfermeiro tem um papel de extrema importância perante estes utentes, uma vez que é o enfermeiro que está mais próximo, e tem mais possibilidades de dar apoio emocional, físico e psicológico a pessoa nessa fase difícil da sua vida, e é o elo de ligação entre o utente - família.De forma a compreender melhor os objetivos estabelecidos no trabalho optou-se por um estudo de uma abordagem qualitativa, descritiva e exploratória utilizando como método de colheita de informações uma entrevista semiestruturada, do qual participaram cinco (5) enfermeiras do serviço de Medicina do Hospital João Morais (HJM), Santo Antão (S.A), Cabo-verde (C.V) com idade compreendida entre trinta e dois (32) á trinta e oito (38) anos de idade, todos do sexo feminino.É de realçar que os objetivos foram atingidos, e que a prestação de cuidados ao utente em fase terminal, é visto de forma holística que emerge sentimentos de tristeza, angustia, sofrimento e de dor. Quanto as experiências emocionais vivenciadas pelos enfermeiros referiram que com o tempo vão-se adquirindo estabilidade emocional, para encarar a morte de uma forma natural. A morte não é vista como um acontecimento natural, e sim como um acontecimento que causa frustração, sensação de fragilidade e de incapacidade.
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