Objetivo: Descrever os relatos dos pais de recém-nascidos (RNs) com malforma??es congênitas internados em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) a respeito de como receberam as más notícias, buscando identificar as quest?es relacionadas à percep??o de uma má notícia fornecida de forma adequada ou inadequada.Métodos: Realizou-se estudo transversal de janeiro a outubro de 2018, no qual se entrevistaram pais de RNs portadores de malforma??es congênitas internados em UTIN selecionados segundo critérios de inclus?o e presentes em horário de visita. O questionário utilizado tinha quest?es semiestruturadas pertinentes ao recebimento de más notícias. A análise foi descritiva.Resultados: Entrevistaram-se 28 m?es e dois pais, dos quais 16 (53,3%) apontaram ter tido pelo menos uma má notícia na UTIN. Destes, 10 (62,5%) consideraram adequada a maneira de dar essa notícia. As justificativas foram: sinceridade do profissional, delicadeza para dar a notícia, dar esperan?a à família, uso de palavras adequadas e cuidado demonstrado com o RN. Seis participantes (37,5%) avaliaram como inadequada a comunica??o de más notícias. Motivos foram despreparo e falta de conhecimento, uso de linguagem difícil, pressa ou ansiedade e desencorajamento de esperan?as da família. A maior parte das notícias foi dada por um profissional sozinho, muitas vezes por um médico residente.Conclus?es: A percep??o da comunica??o de más notícias foi considerada adequada por parte dos pais, embora n?o tenha sido unanime. Este estudo aponta ser necessário melhorar a comunica??o dessas notícias na UTIN analisada. O treinamento dos profissionais, nesse sentido, pode auxiliar nesse processo.
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