No Brasil, os povos indígenas apresentam uma realidade complexa e caracterizada por uma acentuada vulnerabilidade social, manifesta em indicadores de saúde e de nutri??o. Neste cenário prevalecem condi??es sanitárias precárias, com elevada carga de doen?as cr?nicas n?o transmissíveis, doen?as infecto-parasitárias e agravos nutricionais diversos, incluindo desnutri??o e anemia. Esse quadro se reflete em inúmeras faces da inseguran?a alimentar, situando-os em uma posi??o particularmente vulnerável à pandemia e seus efeitos. O objetivo deste trabalho é apresentar um conjunto de reflex?es, em caráter preliminar, sobre a inseguran?a alimentar e o protagonismo indígena em tempos de Covid-19. A pandemia vem aprofundando as iniquidades que os atingem, com impactos diretos nas condi??es de seguran?a alimentar. O protagonismo indígena tem tido um papel fundamental na garantia de seus direitos e acesso à alimenta??o, denunciando a ausência e a lentid?o das respostas oficiais como a??es de violência institucional, que ter?o graves e duradouros efeitos nas trajetórias destes povos.
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