O artigo prop?e uma reflex?o sobre as condi??es estruturais que determinam o fen?meno dos sistemas de reciclagem de resíduos sólidos na sociedade contemporanea, com especial ênfase no aspecto das rela??es de trabalho e na lógica da produ??o. Nesta perspectiva, examina-se a rela??o entre a produ??o de resíduos, o desequilíbrio ecológico e o estágio atual de desenvolvimento das for?as produtivas, dentro da racionalidade do sistema de produ??o do capitalismo avan?ado, baseado na exacerba??o do consumo e do descarte. Conclui-se que, na hipótese de um processo real de sustentabilidade, controlado pelo Estado - para além da regula??o sociotécnica e econ?mica por um sistema de gest?o integrada, desde a produ??o do lixo-resíduo-mercadoria, até a disposi??o final e a re-introdu??o do mesmo na cadeia produtiva - seria necessário contar com a disposi??o da gest?o pública no sentido de implementar processos coletivos capazes de atuar sobre as dimens?es cultural e educacional da sustentabilidade, alterando os padr?es sociais de produ??o e consumo.
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