Controle da malária: eficácia de formulados de Bacillus sphaericus 2362 contra larvas de espécies de Anopheles em criadouros artificiais-tanques de piscicultura e criadouros de olaria

摘要

Objetivo: Avaliar a eficácia e a persistência de diferentes formula??es de Bacillus sphaericus 2362, em doses com o dobro do que é recomendado pelos fabricantes, para controle das formas imaturas de espécies de Anopheles, vetor da malária, diante da composi??o da água dos criadouros artificiais. Métodos: Tanques de piscicultura e lagoas de olaria, localizados nos municípios de Manaus e Iranduba e contendo formas imaturas de anofelinos, foram tratados com concentra??es dobradas. As doses dos larvicidas ? Vectolex- 22Kg/ha, Griselesf- 200L/ha e Spherimos- 6L/ha ? foram aplicadas nos seguintes criadouros: Síio Fazendinha- 7 tanques e 1 controle (sem larvicidas); Síio Trê Irm?s- 6 tanques e 1 controle; Síio Santa Cecíia- 9 tanques e 2 controles; Olaria Cerama- 26 lagoas e 5 controles. Coletas de anofelinos para determinar os ídices de larva por homem/hora (ILHH) das formas jovens (1oe 2oestáios) e das formas maduras (3oe 4oestáios) foram feitas antes da aplica?? e apó no 2o 7o 14o 21o 28oe 35odias. Resultados: Os resultados da densidade larvária nos criadouros artificiais demonstram que, nos tanques de piscicultura, o número de larvas observado foi quatro vezes maior (33.729 larvas) do que nos criadouros de olaria (7.972 larvas).Na avalia??o dos formulados nos tanques de piscicultura de Manaus e Iranduba, observaram-se menores valores do ILHH, na leitura do 2o dia, nos criadouros onde se aplicaram Vectolex e Spherimos do que nos criadouros-controle; nos tanques tratados com Griselesf, ao contrário, os valores do ILHH estavam próximos aos encontrados no controle, ultrapassando esses índices larvários nas demais observa??es. Os formulados Spherimos e Vectolex apresentaram padr?es similares de redu??o próximos a 100%, no 2o dia de observa??o, tanto para as larvas jovens como para as maduras. Quando se consideram os resultados para o Griselesf, a maior porcentagem de redu??o foi de 55% para as larvas maduras; em rela??o às larvas jovens de anofelinos a redu??o foi de 36%. Na avalia??o dos formulados aplicados em criadouros de olaria em Iranduba, verificou-se que, na leitura do 2o dia após a aplica??o dos larvicidas, os índices larvários se mostraram baixos (0,5) nos criadouros tratados com Vectolex, quando comparados aos índices do controle (1,2); para os demais larvicidas, nesta leitura, os valores do ILHH foram maiores do que nos criadouros n?o tratados. Nas observa??es seguintes, os índices de anofelinos aumentaram ou foram equivalentes aos controles. As porcentagens de redu??o de larvas maduras e jovens de anofelinos nos criadouros de olaria mostraram que os formulados Griselesf, Vectolex e Spherimos apresentaram pouca atividade larvicida contra as larvas maduras de anofelinos, sendo registrada a maior redu??o para o larvicida Vectolex (38%). As larvas jovens foram mais suscetíveis ao formulado Spherimos, com redu??o mínima de 45% e máxima de 72% dos anofelinos. O Griselesf apresentou redu??o de 55% no 2o dia e 76% no 35o dia de observa??o; ao passo que o Vectolex reduziu 8% das larvas jovens nestes criadouros artificiais no 2o dia. Conclus?es: Os dois tipos de criadouros artificiais, os tanques de piscicultura e os criadouros de olaria, apresentam condi??es ambientais favoráveis ao desenvolvimento de espécies de Anopheles. A dose dobrada dos formulados - Spherimos e Vectolex - aplicada nos tanques de piscicultura foi efetiva contra larvas de espécies de Anopheles; os criadouros de olaria, no entanto, apresentaram baixa atividade larvicida para os diferentes formulados. Nos tanques de piscicultura, a maior redu??o de larva com os larvicidas testados ocorreu no 2o dia, mantendo-se baixo o número de larvas de anofelinos por 35 dias com Vectolex e 21 dias com o Spherimos. Esses resultados indicam que larvicidas bacterianos podem ser mais umcomponente utilizado em uma a??o integrada nas campanhas de saúde pública.