Avalia??o do emprego da haste femoral curta na fratura trocantérica instável do fêmur

摘要

OBJETIVO: Identificar a taxa de consolida??o da fratura trocantérica instável submetida a osteossíntese com haste femoral curta (PFN? - AO/ASIF), em pacientes operados entre novembro de 1999 e mar?o de 2004. MéTODOS: Foram analisados 45 pacientes com idades entre 60 e 93 anos, portadores de fratura trocantérica instável do fêmur, submetidos à osteossíntese com PFN? curto, mediante redu??o indireta em mesa de tra??o e auxílio de radioscopia. As fraturas foram classificadas de acordo com a classifica??o AO/OTA. A qualidade óssea foi avaliada através do índice de Singh, na rotina radiográfica pré-operatória. A qualidade da redu??o obtida e o posicionamento do implante foram avaliados pela radiografia pós-operatória em antero-posterior e perfil do fêmur proximal, com análise do angulo cervicodiafisário e a distancia entre a ponta do parafuso deslizante e o centro da cabe?a femoral, o chamado tip apex distance (TAD). RESULTADOS: A média de idade dos pacientes estudados foi de 80,8 anos (60-93). O sexo feminino foi predominante, com 37 casos (82,2%). O lado direito foi acometido em 22 casos (48,89%) e o esquerdo em 23 (51,1%). Todas as fraturas eram instáveis, sendo 22 do tipo 31A2 (48,8%) e 23 do tipo 31A3 (51,1%). O tempo médio de utiliza??o da radioscopia foi de 102,4 segundos (61-185). A diferen?a entre o tempo de radioscopia para a redu??o e fixa??o dos dois grupos de fraturas estudados n?o foi significativa (p = 0,62). Com rela??o à qualidade óssea, 82,2% dos pacientes apresentavam índice de Singh menor que IV, caracterizando perda da arquitetura óssea normal. Quanto à consolida??o da fratura, 44 casos evoluíram com êxito com tempo médio de 3,2 meses, variando entre dois e sete meses. Em sete casos ocorreu a necessidade de novo procedimento cirúrgico, sendo quatro para a retirada de material de síntese, devido a migra??o dos parafusos proximais da haste. Um caso de fratura do tipo 31A2, devido a uma redu??o inadequada em varo, ocorreu um cutout que necessitou de revis?o cirúrgica. Outro caso de fratura do tipo 31A2, evoluiu para necrose avascular da cabe?a femoral, após consolida??o da fratura. Por fim, um caso de fratura do tipo 31A3, devido a redu??o inadequada no plano sagital, evoluiu para retarde de consolida??o, com quebra da haste após 13 meses da cirurgia. CONCLUS?O: A osteossíntese com haste proximal, como tratamento da fratura trocantérica instável do fêmur realizada em pacientes com idade superior a 60 anos, resultou na consolida??o da maioria dos casos. As complica??es foram distintas nos dois subgrupos estudados. A redu??o adequada da fratura antes da introdu??o da haste intramedular é fundamental para o sucesso do procedimento.