Durante o período de 2001-2008, a Confedera??o Brasileira de Ginástica implementou o sistema de sele??o permanente concentrada no Centro de Treinamento (CT) de Curitiba. Através de um formato semelhante às escolas-internato esportivas da antiga Uni?o Soviética, as ginastas passaram a treinar juntas sob o comando de um renomado técnico estrangeiro. Este artigo visa apresentar e discutir o contexto deste CT e o sistema de sele??o permanente da ginástica artística feminina (GAF) brasileira, a partir da opini?o dos técnicos que desenvolvem a modalidade no país. Procedemos a um estudo de campo e entrevistamos 34 treinadores de 29 institui??es. Dentre os aspectos positivos da sele??o permanente, os sujeitos relacionaram principalmente a infraestrutura disponível às ginastas. Sobre os aspectos negativos, foram citados problemas relacionados ao rigor do treinamento, à polariza??o e a consequente monopoliza??o das atletas, o que revela que, provavelmente, n?o houve uma adapta??o do modelo soviético às características da GAF desenvolvida no Brasil.
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