O artigo trata das trajetórias dos moradores de um conjunto habitacional na periferia de S?o Paulo produzido por mutir?o autogestionário. Esse mutir?o ocorreu no contexto da experiência democrática dos anos 80. A hipótese é de que as formas de sociabilidade e as trajetórias desses moradores, atravessadas pelo discurso da autonomia e participa??o, s?o postas em quest?o: de um lado, a possibilidade de inven??o, da produ??o da casa a partir de uma a??o aut?noma; e, de outro, a permeabilidade dessa experiência a uma sociabilidade enclausurada pelos limites determinados de fora e de dentro do próprio conjunto. Para tanto, fizemos um conjunto de entrevistas e procuramos n?o perder de vista o contexto que determina um campo reduzido de possibilidades. Essa perspectiva permite colher n?o apenas a a??o desses movimentos, mas também o modo como as camadas mais pobres da cidade se organizam para o enfrentamento dessa desigualdade social produzida nos espa?os urbanos.
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